Opinião: A teoria de tudo (2014)

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Uma das coisas de que eu mais gosto quando assisto a um filme é ver o ator completamente transformando-se e incorporando o personagem (especialmente quando o ator está retratando uma pessoa famosa que ainda está viva).

Isso é o que acontece em “A teoria de tudo ” (indicado para cinco Oscars, incluindo melhor filme). Testemunhamos a transformação da Eddie Redmayne no físico britânico Stephen Hawking, começando desde seus primeiros dias na Universidade de Cambridge, quando ele é diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) (também conhecida como doença do neurônio motor ou doença de Lou Gehrig), até anos mais recentes. É realmente gratificante ver seu desempenho incrível, especialmente quando ele perde gradualmente movimentos de partes de seu corpo. Na minha opinião, Eddie Redmayne deveria ganhar o Oscar este ano.

Uma vez que o filme é baseado no livro de memórias escrito por Jane Hawking (“Travelling to Infinity : My Life with Stephen”), ele se concentra mais na relação entre Stephen e Jane (interpretada por Felicity Jones, indicada para melhor atriz), mostrando que Jane permaneceu ao lado dele quando os médicos disseram que ele tinha apenas dois anos de vida, bem como as suas próprias dificuldades em lidar com a doença do marido. Então saímos do cinema com a sensação de que o filme é um pouco tendencioso. No entanto, o verdadeiro Stephen Hawking viu o filme (ele, inclusive, permitiu que sua própria voz de computador fosse utilizada) e o elogiou muito, especialmente Eddie Redmayne. Por isso, é muito possível que as coisas realmente tenham acontecido da forma como o filme mostra.

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