Crítica: A Chegada (2016)

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8/1081/1008,1/1094%83%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 13.2.2017.

Se você é como eu e não gosta muito de filmes envolvendo alienígenas e ficção científica, não se preocupe: A Chegada é completamente diferente dos filmes do gênero.

Dirigido por Denis Villeneuve, o filme conta a história da Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma professora de linguística que é contratada pelo governo dos EUA auxiliar na comunicação com seres desconhecidos que chegaram à Terra em doze lugares diferentes do mundo. Além dela, o físico Ian Donnelly (Jeremy Renner) é recrutado pelo Coronel Weber (Forest Whitaker) e todos ficam acampados perto de onde a nave pousou em Montana, nos Estados Unidos.

Louise é quieta e bem concentrada na tarefa que lhe foi conferida: traduzir o idioma dos alienígenas rápido o suficiente para evitar um conflito armado. No entanto, ao longo do filme vemos que ela sofre com algumas lembranças e fica visivelmente atordoada.

A Chegada, portanto, não é um filme de ação. Na verdade, é um drama muito mais focado no comportamento e no desenvolvimento das personagens do que em qualquer outro tipo de ação (algo semelhante a Ex-Machina: Instinto Artificial, por exemplo). Mérito do roteirista Eric Heisserer, que adaptou a história do livro escrito por Ted Chiang e que soube equilibrar as informações passadas à plateia de maneira ideal para que a conclusão fosse impactante.

Outro grande trunfo do filme é Amy Adams, que infelizmente não foi indicada ao Oscar de melhor atriz, apesar de ter sido lembrada em outras premiações. Sua personagem é reflexiva e um pouco solitária, e ela consegue transmitir sua angústia ao público.

Os efeitos especiais também chamam a atenção, especialmente nos momentos em que os alienígenas se comunicam com a equipe.

Indicado a 8 categorias no Oscar, incluindo melhor filme, A Chegada surpreende ao levar a plateia a pensar em questões profundas sobre as escolhas que se deve fazer na vida. É portanto, um daqueles filmes que geram muitas conversas e discussões e cuja real mensagem é muito mais profunda do que uma invasão extraterrestre.

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