Crítica: Assassinato no Expresso do Oriente (2017)

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8/1053/1006,8/1058%62%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 12.11.2017.

Agatha Christie é a romancista mais vendida da história, superada apenas pela Bíblia e William Shakespeare. Não é nenhum mistério, portanto, o porquê de seus romances serem frequentemente adaptados para a televisão ou para o cinema.

Assassinato no Expresso do Oriente é provavelmente uma das suas histórias mais famosas. A versão para o cinema mais conhecida é a de 1974, que contou com um elenco com estrelas, incluindo Ingrid Bergman, que ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua representação de Greta, e Albert Finney interpretando o grande detetive belga Hercule Poirot.

Pode-se argumentar que não havia necessidade de um remake, mas a versão mais recente de Assassinato no Expresso do Oriente vem repaginada e tem seu próprio elenco estelar para apresentar esta história intrigante para públicos mais jovens.

Depois de resolver um caso em Jerusalém, o detetive Hercule Poirot (Kenneth Branagh) está ansioso para voltar para casa e aproveitar um período de férias. Antes de fazê-lo, no entanto, recebe um telegrama pedindo seu retorno imediato a Londres. Ele decide, então, ir a bordo do Expresso do Oriente, já que conhece seu gerente.

O que deveria ser uma viagem relaxante de três dias rapidamente se transforma em uma cena de crime quando o gangster Edward Ratchett (Johnny Depp) é encontrado morto em sua cabine e o trem está preso devido a uma avalanche de neve. Todos os outros passageiros são suspeitos e Hercule Poirot começa a interrogar cada um para encontrar o culpado.

Kenneth Branagh não só interpreta o detetive, com provavelmente o maior bigode da história recente do cinema, mas também o dirige e é capaz de manter um ritmo interessante. Seu Hercule Poirot é muitas vezes engraçado, com excelentes respostas e um sotaque que só é ofuscado pelo bigode.

O resto do elenco inclui Judi Dench, Daisy Ridley, Leslie Odom Jr., Penélope Cruz, Josh Gad, Derek Jacobi, Michelle Pfeiffer, Olivia Colman, Lucy Boynton e Willem Dafoe.

Dado o grande número de personagens e o tempo curto dedicado a cada um, seu potencial não é totalmente alcançado, mas alguns dos atores conseguem encontrar espaço para dar boas performances. Josh Gad, que está tendo um ótimo ano com 3 filmes e um curta sobre o Olaf, que ainda será lançado, está ótimo como Hector MacQueen, e é sempre gratificante ver Judi Dench, Olivia Colman e Michelle Pfeiffer.

O melhor, no entanto, é Kenneth Branagh, que estuda todas as peculiaridades engraçadas de Hercule Poirot e as incorpora completamente, tornando-o ainda mais interessante.

O clímax, no qual Poirot finalmente diz ao público o que aconteceu no trem, poderia ter sido um pouco mais emocionante, mas não altera a grandeza da sacada final (provavelmente já conhecida por muitos espectadores antes mesmo de ir ao cinema).

Embora seja verdade que estamos em uma era de remakes, continuações e adaptações, esta é bem-vinda, já que o Expresso do Oriente nunca perde seu charme.



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