Crítica: Trama Fantasma (2017)

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Minha notaIMDbRotten Tomatoes
CríticosPúblicoCríticosPúblico
7/1090/1008,1/1091%69%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 10.2.2018.

Uma das maiores surpresas quando as indicações do Oscar foram anunciadas foi o número de categorias às quais Trama Fantasma foi indicado: Melhor Filme, Diretor, Ator (Daniel Day-Lewis), Atriz Coadjuvante (Lesley Manville), Trilha Sonora Original e Figurino.

A categoria de Melhor Ator era provavelmente a aposta mais segura, já que este é o último filme de Daniel Day-Lewis antes da aposentadoria, mas a indicação a Melhor Filme não foi prevista quase ninguém.

Escrito e dirigido por Paul Thomas Anderson, Trama Fantasma conta a história de Reynolds Woodcock (Daniel Day-Lewis), um estilista de renome em Londres na década de 1950 que vende belos vestidos para a alta sociedade. Sua irmã Cyrill (Lesley Manville) o ajuda a dirigir o negócio e é a única que compreende completamente suas necessidades e peculiaridades.

Ele é solteiro, sem nenhuma pretensão de casar, mas ocasionalmente tem musas inspiradoras. Logo no início do filme, vemos que uma delas tornou-se um incômodo para ele durante o café da manhã, quando ele tem uma rotina muito rígida que não pode ser interrompida. Um dia, no entanto, ele conhece Alma (Vicky Krieps), que gradualmente se torna mais do que apenas uma musa, mesmo que ele ainda a trate como se fosse uma de suas empregadas regulares.

O ritmo é um pouco lento no início, com muito foco nos vestidos e em sua rotina diária, mas melhora mais tarde. A trilha sonora de Jonny Greenwood é absolutamente linda e definitivamente merece a indicação, como o figurino.

Daniel Day-Lewis está ótimo: a maneira como fala, fazendo pausas como ele pensa; o jeito com que analisa meticulosamente cada vestido e modelo; sua postura; etc. Será realmente uma perda para todos não o ter mais no cinema.

Minha personagem e desempenho favoritos, no entanto, foi a Cyrill de Lesley Manville: ela é prática, profissional e tem uma enorme paciência para tolerar Reynolds e todas as suas demandas. (Apenas uma nota curiosa, para aqueles que gostam de saber sobre as vidas dos atores: ela já foi casada com Gary Oldman, que também está indicado este ano por sua atuação em O Destino de uma Nação).

O fato mais controverso (e surpreendente) do filme acontece no terceiro ato, quando há uma reviravolta na relação entre Reynolds e Alma. Sem dar muitos detalhes, sua dinâmica me lembrou o casal principal em Garota Exemplar, que deixou o público se perguntando como um casal poderia viver assim. Tenho a sensação de que isso acontecerá com aqueles que assistirem a Trama Fantasma também.

Não foi o melhor filme do ano, na minha opinião, mas definitivamente vale a pena ser visto, especialmente por causa da música e das atuações. E dos vestidos.

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