Crítica: Um Lugar Silencioso (2018)

A Quiet Place Poster

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9,5/1082/1008,3/1097%87%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 7.4.2018.

Silêncio total é algo muito difícil de alcançar. Mesmo quando estamos sozinhos, costumamos fazer barulhos ao pegar objetos, caminhar, tropeçar, etc. Algumas pessoas gastam bastante tempo e energia tentando alcançar um silêncio tranquilizador. Imagine, então, viver em um mundo no qual o menor som poderia significar a morte quase instantânea por seres alienígenas.

Esse é o mundo em Um Lugar Silencioso, onde Lee (John Krasinski) e Evelyn (Emily Blunt) moram com seus filhos. Sem explicar o que aconteceu, o filme começa com uma cidade já devastada e o casal em um supermercado deserto com seus filhos: eles se comunicam apenas com sinais e caminham na ponta dos pés, descalços, pegando alguns itens essenciais. Quando saem do supermercado, seu filho mais novo (Cade Woodward) faz um som e uma tragédia acontece.

Um ano depois, encontramos a família novamente e Evelyn está grávida, o que acrescenta um elemento de tensão às suas vidas: se eles não conseguem nem falar entre si, como lidariam com um bebê chorando?

Enquanto isso, eles continuam vivendo o mais normalmente possível, e o fato de que sua filha (Millicent Simmonds) ser surda fez com que a família já soubesse a língua de sinais antes que os monstros invadissem a Terra.

Durante a primeira metade do filme, não vemos as criaturas propriamente ditas, mas apenas vultos correndo quando um som é produzido. Quando finalmente os vemos, fica claro que eles não têm olhos e têm um sistema auditivo muito desenvolvido, o que é tão aterrorizante quanto você imagina.

Com tão poucos personagens em Um Lugar Silencioso, o principal elemento não é  uma pessoa, mas o próprio som – ou a falta dele. A trilha sonora de Marco Beltrami basicamente dita quando algo vai acontecer e a plateia se assusta em todos os momentos desejados no roteiro. O silêncio também é ensurdecedor, dando a sensação de que a plateia não pode nem respirar, temendo que algo terrível possa acontecer. O silêncio total acontece principalmente quando vemos a história da perspectiva da personagem de Millicent Simmonds (ela também é surda na vida real).

Dirigido por John Krasinski, que está trabalhando pela primeira vez com sua esposa Emily Blunt, Um Lugar Silencioso é um filme de terror ótimo e eficaz, com uma boa duração de 90 minutos, o que não deixa espaço para tramas inúteis.

Um Lugar Silencioso prova que o silêncio, quando coagido, é a perfeita exemplificação do puro medo.

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