Crítica: Nasce Uma Estrela (2018)

A Star is Born Poster
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9/1088/1008,6/1091%86%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 6.10.2018.

“Everything old is new again”, que pode ser traduzido para “tudo velho é novo outra vez”, nunca foi tão verdadeiro na história do cinema quanto tem sido atualmente. O número de remakes cresce a cada ano, com roteiros originais sendo cada vez mais raros.

Há histórias, porém, que são tão atemporais e que geram tanta empatia com o público, que continuam a ser contadas de maneiras um pouco diferentes. Isso faz com que praticamente cada geração tenha sua versão própria da história. E é isso que ocorre com Nasce Uma Estrela.

Originalmente um drama em 1937, a estrela era interpretada por Janet Gaynor. Em 1954, já um musical, Judy Garland é a protagonista e imortaliza a lindíssima canção “The Man That Got Away”. Por fim, em 1976, a estrela é Barbra Streisand e a canção é “Evergreen” encerrando, portanto, uma “trilogia” não oficial.

Em 2018, após 42 anos desde a última vez em que o trágico romance foi lançado no cinema, temos uma nova versão, revitalizada para a geração atual. Nasce Uma Estrela é agora protagonizado por Lady Gaga, provavelmente uma das maiores e mais influentes artistas do momento, e é ela um dos maiores atrativos do filme. Afinal, ela não apenas atua, como também canta ao vivo e compõe boa parte das canções.

Após assistir ao filme, porém, é impossível não reconhecer que quem brilha é Bradley Cooper, que também compõe algumas da canções, além de dividir créditos no roteiro e de estrear como diretor.

Bradley Cooper interpreta Jack, um músico de sucesso que tem problemas com álcool e drogas. Certa noite, após um show, Jack procura um bar aberto para continuar bebendo e acaba entrando num bar de drag queens. Lá conhece Ally (Lady Gaga), ex-garçonete e única mulher no bar que está autorizada a se apresentar. Impressionado com o talento de Ally, Jack rapidamente pergunta se ela também compõe e a convida para participar de um show.

É neste show que Ally e Jack cantam juntos pela primeira vez a música “Shallow” e é partir daí que a carreira de Ally é catapultada, graças também às redes sociais. À medida que o sucesso de Ally cresce, Jack se entrega mais à bebida e sua carreira começa a desmoronar.

Assim como Ally, Lady Gaga parece que ganha segurança ao longo do filme e sua melhor interpretação ocorre na parte final. Bradley Cooper, por sua vez, tem uma atuação mais consistente e impressiona tanto na atuação quanto na performance musical. Ele também faz um ótimo trabalho de direção, mostrando a química entre os dois personagens, bem como o sofrimento dos dois.

O roteiro, porém, poderia ser um pouco mais enxuto, com algumas histórias paralelas um pouco desnecessárias.

A trilha sonora, composta por Lady Gaga e Bradley Cooper, além de outros colaboradores, também agrada muito, especialmente música “I’ll Never Love Again” (“Nunca Mais Vou Amar Outra Vez”, em tradução livre).

Assim como seus predecessores, Nasce Uma Estrela é um filme que envolve por fazer com que o público torça pelo casal e para que Jack supere seus problemas. Envolve, também, com as canções e com a fantasia do romance que pode acontecer quando menos se espera. Certamente não vai ser apreciado por todos, tal como as versões anteriores, mas é uma ótima nova roupagem para esta antiga história.

 



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