Crítica: Amor, Sublime Amor (2021)

Indicações: Oscar 2022

  • Melhor Filme
  • Melhor Direção (Steven Spielberg)
  • Melhor Atriz Coadjuvante (Ariana DeBose)
  • Melhor Fotografia
  • Melhor Figurino
  • Melhor Design de Produção
  • Melhor Som
Minha notaIMDbRotten Tomatoes
CríticosPúblicoCríticosPúblico
9/1086/1008,1/1093%95%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 13.12.2021.

Cada vez que um novo remake é anunciado, a mesma pergunta vem à mente: por quê? Principalmente se o original foi um grande sucesso quando foi lançado, não apenas ganhando vários prêmios, mas também cativando o público. Na maioria das vezes, a resposta é puramente econômica. Às vezes, no entanto, um remake pode atualizar o material original para corrigir algumas das falhas que foram resultado direto da época em que foi feito.

É exatamente o que acontece com Amor, Sublime Amor dirigido por Steven Spielberg, e lançado 60 anos depois do filme original, que ganhou 10 Oscars.

Situado em Nova York, o musical conta a história de um bairro dividido entre duas gangues de rua, os Jets e os Sharks, que lutam para reivindicar territórios. O que eles não esperavam, no entanto, era que Tony (Ansel Elgort), fundador dos Jets, se apaixonasse por Maria (Rachel Zegler), cujo irmão Bernardo (David Alvarez) era o líder dos Sharks.

Baseado em Romeu e Julieta, o principal apelo de Amor, Sublime Amor são as músicas e as coreografias, que fazem os confrontos entre as gangues parecerem um balé. As canções, escritas por Stephen Sondheim e Leonard Bernstein, parecem novas, apesar de serem clássicos há décadas.

As atualizações necessárias estão principalmente relacionadas ao elenco, e todas foram escolhas inteligentes. Agora, todos os Sharks são interpretados por atores de origem latina. Há, inclusive, vários momentos em que o diálogo é inteiro em espanhol, com Spielberg insistindo que essas partes não fossem legendadas. A decisão do elenco faz uma grande diferença no resultado final, com os personagens parecendo mais autênticos. Sem falar no grande talento que o filme consegue exibir.

A melhor, de longe, é Ariana DeBose, que interpreta Anita. Ela tinha uma grande responsabilidade, já que Rita Moreno, que ganhou o Oscar por esse papel, também está nesta versão do filme, embora interpretando uma personagem diferente. A Anita de Ariana é absolutamente hipnotizante e cheia de vida. Ela rouba todas as cenas em que está. Sua música “América” é facilmente um dos melhores momentos de todo o filme.

David Alvarez e Mike Feist também são ótimos como Bernardo e Riff, respectivamente, mostrando movimentos de dança incríveis e passando ao público todos os conflitos internos de seus personagens. Rachel Zegler faz um bom trabalho como Maria e fica claro por que a Disney a escolheu como a próxima Branca de Neve: ela parece uma princesa da Disney até neste filme.

Ansel Elgort nunca convence totalmente como Tony, apesar de sua voz para cantar ser muito boa. Rita Moreno tem um papel pequeno, mas importante, e é apropriado que seja ela quem canta “Somewhere” nesta versão, ao invés do casal principal.

Toda a equipe de design de produção, assim como o departamento de figurinos, merecem elogios pelo que conseguiram realizar. Os cenários são muito detalhados e os figurinos são vibrantes e perfeitos para os vários números de dança, coreografados por Justin Peck, coreógrafo residente do New York City Ballet.

Steven Spielberg foi, de fato, capaz de entregar uma nova versão maravilhosa deste clássico musical. Definitivamente vale a pena ver nos cinemas!

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