Crítica: Divertida Mente 2 (2024)

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9/1074/1008/1092%95%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 15.6.2024.

Depois de retratar tão lindamente a importância de aceitar a tristeza em Divertida Mente (2015), a Pixar fez isso novamente em Divertida Mente 2. Desta vez, porém, as coisas ficam mais confusas e complicadas quando nossa protagonista, Riley (Kensington Tallman), completa 13 anos e o o alarme de puberdade dentro de sua mente dispara. A mesa de controle das emoções de Riley muda e, com isso, cada uma delas fica exacerbada e muito mais intensa.

Alegria (Miá Mello), Tristeza (Katiuscia Canoro), Raiva (Leo Jaime), Medo (Otaviano Costa) e Nojinho (Dani Calabresa) são surpreendidos por Ansiedade (Tatá Werneck), Inveja (Gaby Milani), Tédio (Eli Ferreira) e Vergonha (Fernando Mendonça).

A Ansiedade é divertida no início, com boas ideias e intenções para preparar Riley para o futuro, já que ela não estará na mesma escola que suas melhores amigas no ano seguinte. Mas a Ansiedade não quer compartilhar ideias com as “velhas” emoções e rapidamente encontra uma maneira de se livrar delas – assim como Alegria estava tentando ignorar a Tristeza no primeiro filme.

A ideia de a ansiedade assumir o controle e mudar o senso de identidade de Riley é tão assustadoramente identificável que é o que faz Divertida Mente 2 ficar preso na sua cabeça por um longo tempo após o término do filme. Claro, há muitos momentos extremamente engraçados e alegres, mas assistir Riley lentamente se transformando em outra pessoa pode causar ao público – ah, sim – ansiedade!

Assim como no primeiro filme, a Pixar faz um excelente trabalho ao mostrar como nossas mentes funcionam de uma forma muito inteligente e divertida. Há o cofre, com os segredos profundos e obscuros da Riley; há o fundo da mente, para onde as lembranças ruins são enviadas para serem esquecidas; há o fluxo de consciência, etc. Cada um deles é lindamente animado e delicioso de assistir.

Embora eu tenha sentido falta da trilha sonora excelente de Michael Giacchino, Andrea Datzman faz um bom trabalho com uma trilha um pouco mais intensa, refletindo as ações e sentimentos da Riley.

Ainda é muito cedo para dizer categoricamente se Divertida Mente 2 é melhor que o original – certamente requer ser visto uma segunda vez. Mas é seguro dizer que é tão diferente do primeiro quanto a puberdade é diferente da infância. É maior, mais barulhento, mais confuso e definitivamente mais difícil de se compreender por completo. Mas proporciona momentos incríveis no cinema!

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