Crítica – Série de TV: Transparent (1a Temporada)

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AVISO: NÃO LEIA ESTE POST SE VOCÊ AINDA NÃO VIU A PRIMEIRA TEMPORADA DE TRANSPARENT.

Vou registrar minha indignação logo no começo: como alguém pode consegue classificar esta série como uma comédia? Aparentemente, eu sou a única que não achou Transparent engraçada, já que foi indicada para 7 Emmy Awards deste ano, todos na categoria “comédia”! Eu li algumas pessoas especulando que é porque cada episódio tem 30 minutos de duração, por isso é “automaticamente” classificado como comédia, enquanto dramas tendem a ser de 1 hora.

Esclarecendo por que eu não acho engraçada: ambientada em Los Angeles, Transparent conta a história de uma família muito disfuncional. O pai, interpretado maravilhosamente por Jeffrey Tambor, comunica aos seus 3 filhos que ele é transexual e vai passar a se vestir como uma mulher e gostaria de ser chamado de “Maura”. Ela é o único personagem com o qual eu simpatizei no seriado.

Os três filhos são simplesmente horríveis, na minha opinião. Sarah (Amy Landecker) é casada e tem filhos, mas depois de ver Tammy (Melora Hardin) novamente, com quem teve um caso na faculdade, decide deixar o marido para ter um relacionamento com ela. E isso acontece tão rápido que é até um pouco difícil de acreditar. Josh (Jay Duplass) é viciado em sexo (e amor) e sai com inúmeras mulheres, sempre pensando que ela pode ser o amor de sua vida. Ali (Gaby Hoffmann) é a mais complicada (e chata): ela é mimada (sempre recebendo dinheiro de seu pai e não trabalha), egoísta e completamente perdida sobre o que quer da vida.

Portanto a família inteira tem vários problemas e nenhum deles é boa pessoa: eles traem, manipulam e são incrivelmente egoístas. Como já mencionei, a única que vale alguma coisa é Maura. Seus filhos são tão excêntrico que nenhum deles realmente se importou muito com o segredo de seu pai. Claro que houve alguma reação, mas se preocupavam muito mais consigo mesmos do que com ele. A melhor cena, para mim, foi quando Maura finalmente discute com Ali, dizendo-lhe que ela é tudo o que descrevi acima.

Fiquei decepcionada com a série, pois tinha expectativas altas e, depois de assistir (e de amar) Grace and Frankie, com uma premissa semelhante, pensei que este seriado fosse ser mais interessante. Para ser honesta, o que eu achei de fato interessante foi saber que escalaram transexuais de verdade para atuarem na série.

A série provavelmente vai ganhar alguns prêmios Emmy e a segunda temporada será mais popular. Apenas espero que seja engraçada mesmo, e com personagens melhores.

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