| Minha nota | IMDb | Rotten Tomatoes | ||
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| Críticos | Público | Críticos | Público | |
| 9/10 | 76/100 | 7,1/10 | 87% | 75% |
Jornalistas que vão para zonas de guerra sempre me surpreenderam. É preciso muita coragem para voluntariamente colocar-se em perigo para contar uma história a estranhos, especialmente considerando o trauma que uma guerra pode causar a alguém após voltar para casa.
Uma Repórter em Apuros contou uma dessas histórias há alguns anos, com Tina Fey interpretando Kim Baker. Foi um filme interessante para assistir e aprender sobre os jornalistas que cobrem as guerras no Oriente Médio. Não foi tão intenso, no entanto, como A Private War (Uma Guerra Particular, em tradução livre).
Baseado no artigo da Vanity Fair “A Guerra Privada de Marie Colvin”, de Marie Brenner, A Private War conta a história de Marie Colvin (Rosamund Pike), uma jornalista do The Sunday Times que cobriu zonas de guerra por muitos anos. Em uma de suas viagens, ela acabou sendo atingida e perdeu a visão em seu olho esquerdo, o que a fez usar um tapa-olho que a distinguia da multidão.
O público pode testemunhar sua determinação ao ir atrás das histórias, bem como o impacto que evidentemente tem em sua vida. Ela não apenas se torna alcoólatra, mas também fica viciada na adrenalina que recebe toda vez que está em campo. Suas lutas internas parece muito verdadeiras ao público, graças em grande parte à impressionante atuação de Rosamund Pike – possivelmente seu melhor desempenho até agora.
O fotógrafo Paul Conroy (Jamie Dornan) se junta à Marie na maioria das viagens e vê de perto o efeito dessas guerras. Uma das melhores cenas do filme é justamente entre os dois, quando Paul visita Marie enquanto ela tenta se recuperar de seus vícios e tem um lindo monólogo sobre temer envelhecer, mas também ter medo de morrer jovem.
Dirigido por Matthew Heineman e com Stanley Tucci e Tom Hollander também no elenco, A Private War é um lembrete oportuno de quão importante é o bom e sério jornalismo e o impacto que ele pode ter no mundo.
