Crítica: Atômica (2017)

Minha notaIMDbRotten Tomatoes
CríticosPúblicoCríticosPúblico
7/1063/1007,1/1076%68%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 7.8.2017.

Se você é um fã de James Bond, provavelmente sabe que mesmo quando não há nada de novo acontecendo com a franquia, há manchetes sobre ela quase diariamente. Mais recentemente, o debate principal tem focado sobre o retorno de Daniel Craig ou, caso ele não volte, se o próximo James Bond poderia ser uma mulher.

Por essa razão, sempre que um novo filme de espionagem é lançado, o elenco é inevitavelmente questionado sobre James Bond, ou mesmo comparado a ele. Foi o que aconteceu com Charlize Theron enquanto promovia Atômica: ela teve que responder, várias vezes, se ela se interessaria na criação de uma versão feminina do famoso espião britânico.

Tendo assistido o filme, não pude deixar de me perguntar: por que perguntaram isso a ela? Ela interpreta Lorraine Broughton, uma espiã do MI-6 que não apenas sabe como lutar e matar o inimigo, mas também gosta de festejar e beber enquanto usa roupas lindas. Lembra alguém?

Em Berlim, em 1989, Lorraine deve encontrar uma lista roubada que contém os nomes de agentes secretos antes que seus nomes sejam divulgados e suas vidas corram perigo (semelhante à história de 007 – Operação Skyfall). Para alcançar esse objetivo, ela recebe a ajuda de David Percival (James McAvoy), um agente arrogante que conhece todos em Berlim.

A premissa parecia interessante, mas a execução foi um pouco decepcionante. Muito foco foi colocado nas luzes de néon que estão por toda a cidade e pouca atenção ao roteiro propriamente dito. A trilha sonora está repleta de ótimas músicas da década de 1980 e as sequências de luta são extremamente bem coreografadas, mas há tantas reviravoltas no enredo que o público acaba perdendo esquecendo de quem traiu quem.

Talvez seja precisamente o ponto mais fraco do filme: ele só quer tanto surpreender o público com reviravoltas que, no momento em que termina, as elas já eram esperadas, perdendo o elemento surpresa.

Pelo menos foi bom ver que um filme com uma espiã é possível sem que haja a necessidade de recorrer à simplista solução de apenas alterar “James” para “Jane” Bond.


Leave a Reply