Crítica: Better Call Saul – 2a Temporada (2016)

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AVISO: NÃO LEIA ESTA CRÍTICA SE VOCÊ AINDA NÃO ASSISTIU À SEGUNDA TEMPORADA DE BETTER CALL SAUL.

Mais uma temporada termina e eu continuo intrigada e me perguntando “como Jimmy McGill (Bob Odenkirk) se tornou Saul Goodman, afinal?”. Vimos algumas características daquele nosso velho conhecido personagem mais claras nesta temporada do que na anterior. No entanto, ele ainda não se tornou “o” Saul. Tampouco Mike (Jonathan Banks) se tornou “o” Mike que conhecemos em Breaking Bad, mas já começaram a trilhar seus respectivos caminhos.

Jimmy é movido pelo sentimento que tem por duas pessoas: Kim (Rhea Seehorn), a responsável por conseguir um emprego para ele em um renomado escritório de advocacia e seu interesse amoroso, e seu irmão Chuck (Michael McKean), que tem certo ressentimento de Jimmy. É para agradar a ambos que Jimmy toma quase todas as decisões nesta temporada. Em certo momento, porém, ele percebe que não quer mais ter que se adaptar à maneira como os outros querem que ele se comporte. É aí que vemos aparecer os ternos coloridos e os anúncios de televisão. Porém, não é o início da “picaretagem”: ela sempre esteve lá, desde que era menino, como podemos ver em um flashback. E Jimmy decide que esse será seu modus operandi, motivo pelo qual decide voltar a trabalhar sozinho.

Outro personagem movido pelo afeto à outras pessoas é Mike. Ele faz de tudo para proteger a família – o que nem sempre o deixa em situações confortáveis, como vimos no episódio final da temporada.

Assim como no ano passado, eu adorei esta temporada! Gosto de séries assim: personagens complexos e bem desenvolvidos, sem aquele maniqueísmo de “mocinho” e “vilão”. Vemos as várias facetas de todos os personagens desta série, mérito dos criadores Vince Gilligan e Peter Gould. Todas as histórias são interessantes e muito bem “costuradas”. Mesmo que se tenha a sensação de que não aconteceu muita coisa em um episódio, percebe-se que era apenas uma impressão nos episódios subsequentes. Os arcos demoram um pouco para ser desenvolvidos, mas, quando se resolvem, vemos a qualidade do roteiro!

Uma pena ter apenas 10 episódios… Já estou aguardando a terceira temporada ansiosamente!

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