Crítica: Café Society (2016)

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8/1064/1007,1/1070%69%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 3.8.2016.

Há diretores com características tão bem definidas que seus filmes compõem um gênero próprio. Woody Allen é um deles. Basta ouvir o nome do diretor que um espectador com alguma familiaridade com o cinema já sabe o que provavelmente vai encontrar: um filme com muito diálogo, um narrador para nos conduzir pela história, humor sarcástico e um personagem que representa o alter-ego de Woody. Café Society, o 53o filme de Allen como diretor e 76o como roteirista, não foge à regra.

A história se passa na década de 1930 e começa em Nova York, quando conhecemos Bobby (Jesse Eisenberg), um jovem que busca emprego e, para isso, vai a Hollywood tentar trabalhar com o tio, o agente de celebridades Phil Stern (Steve Carell). Lá conhece Vonnie (Kristen Stewart) e se apaixona por ela sem imaginar que estaria se envolvendo em um triângulo amoroso.

O filme retrata bem a época em que artistas e produtores de cinema se encontravam frequentemente em brunchs e em festas da alta sociedade e sabe criticá-los na medida certa. Há também uma história paralela envolvendo o irmão de Bobby (Corey Stoll), um gangster nova-iorquino dono do clube Café Society que dá nome ao filme.

Gostei particularmente do personagem de Steve Carell. No início do filme, temos a impressão de que ele será um agente de celebridades mau-caráter e que não se preocupa com os demais. Aos poucos, porém, vemos um homem mais frágil e apaixonado.

Jesse Eisenberg, por sua vez, faz o papel do alter-ego de Woody Allen, sempre presente nos filmes, como já mencionei anteriormente. Até sua maneira de falar e de andar me fizeram lembrar do diretor, sempre reclamando e soltando frases filosóficas sobre a vida – na maioria das vezes, com muito humor. Kristen Stewart está mais contida e graciosa, talvez em razão do figurino e da maquiagem, e sua personagem cheia de dúvidas também me agradou.

A trilha sonora de Stewart Lerman deu o tom certo ao filme, fazendo com que os espectadores se sintam, ainda mais, na década de 1930. Em resumo, é um ótimo filme de Woody Allen (muito melhor que O Homem Irracional, do ano passado), especialmente para quem gosta de seus filmes.

Por fim, consegui ver a atriz Blake Lively, que faz pequena participação na parte final do filme, saindo da pré-estreia em Nova York! Vejam as fotos!

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