Crítica: Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível (2018)

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8/1059/1008,1/1068%92%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 4.8.2018.

“Não fazer nada muitas vezes leva a algo de melhor.” Essa frase, em tradução livre, é repetida várias vezes durante Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível, o mais recente live-action da Disney, como um estilo de vida e um lema a ser adotado. Depois de 100 minutos, fica claro que muitos “nadas”, de fato, levam a um grande “algo”.

Baseado nos personagens criados por A.A. Milne, Christopher Robin acompanha a história do personagem-título, interpretado por Ewan McGregor, já adulto, tendo deixado seus brinquedos para trás. Depois de um breve resumo de sua infância, finalmente o vemos em Londres após a Segunda Guerra Mundial, com sua esposa (Hayley Atwell) e sua filha (Bronte Carmichael).

Tal como aconteceu com o Sr. Banks em Mary Poppins, Christopher Robin se preocupa demais com o trabalho, tem um chefe terrível (Mark Gatiss) e não presta atenção à sua própria família. Aqui, no entanto, ao invés de uma babá que voa, ele é salvo por brinquedos que falam. Mais precisamente, pelo Ursinho Pooh (dublado na versão em inglês por Jim Cummings, sua voz desde 1988), que aparece em sua casa e pede a ele que retorne ao Bosque dos Cem Acres para ajudá-lo a encontrar Tigrão (também dublado por Jim Cummings), Leitão (Nick Mohammed), Bisonho (Brad Garrett) e o resto de seus amigos.

Repleto de citações de Pooh, como “Eu sempre chego aonde quero ir me afastando de onde estava”, Christopher Robin é um filme comovente, apesar de ser muito previsível. É, afinal, um filme da Disney com personagens queridos da infância de quase todos os espectadores. Além disso, é completamente fictício, como se estivéssemos vendo o personagem “Christopher Robin” como um adulto, e não o menino que deu origem a ele. Para os interessados ??no verdadeiro Christopher Robin, Adeus, Christopher Robin, lançado ano passado, mostra como A.A. Milne criou os personagens.

O diretor Marc Forster, que também dirigiu o maravilhoso Em Busca da Terra do Nunca, encontra o equilíbrio certo entre drama e comédia, e dá vida aos animais de uma forma muito inteligente: em vez de desenhos animados, eles realmente parecem bichos de pelúcia com as cores desbotadas como se tivessem sido esquecidos por décadas.

Outro grande trunfo de Christopher Robin é recrutar uma lenda da Disney, o compositor Richard M. Sherman, para escrever canções originais para o filme, incluindo uma alegre chamada “Busy Doing Nothing“ (“Ocupado fazendo nada”, em tradução literal). Ele foi o responsável pelas famosas melodias de “Winnie the Pooh” e “The Wonderful Thing About Tiggers”, ao lado de seu irmão Robert Sherman. Ter ele de volta, especialmente em uma deliciosa aparição durante os créditos finais, foi uma jogada inteligente e as músicas são igualmente adoráveis.

Christopher Robin pode não ser adequado para todas as crianças, mas é definitivamente apropriado para quem já foi criança um dia e precisa de ajuda para se lembrar do que é importante na vida.

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