Crítica: Conexão Escobar (2016)

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8/1066/1007,5/1066%78%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 18.7.2016.

Negociar com os traficantes de drogas, criar um esquema de lavagem de dinheiro, viver uma vida dupla. Esta poderia ser a descrição da série Breaking Bad, estrelada por Bryan Cranston, mas na verdade estou descrevendo seu novo filme: Conexão Escobar. É possível ver, portanto, que existem algumas semelhanças com o seriado. Neste filme, porém, eu torci pelo personagem dele (ao contrário do que aconteceu na série, já que se tornou impossível torcer por Walter White até o fim).

Baseado em fatos reais, Conexão Escobar conta a história de um oficial da alfândega dos EUA, Robert Mazur (Bryan Cranston), que tem a missão de descobrir um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo um dos maiores traficantes de droga da história: o colombiano Pablo Escobar. A fim de fazer isso, ele e outro agente, Emir Abreu (John Leguizamo), devem fingir que eles de fato trabalham com os traficantes de drogas, para que eles possam gravar as conversas e descobrir quem está envolvido no esquema.

O desempenho de Bryan Cranston poderia ser descrito com inúmeras qualidades, mas acredito que todos já o viram em algum trabalho (seja na TV, filme ou no teatro) sabe o quão incrivelmente talentoso ele é. Devo admitir que estava um pouco preocupada que seu personagem seria muito semelhante a Walter White, de Breaking Bad, mas ele é capaz de adicionar nuances a cada um de seus personagens para torná-los diferente dos demais. Aqui vemos um homem profundamente apaixonado por sua esposa e protetor de seus filhos, mas ele está disposto a abrir mão desta parte de sua vida e fingir que é outra pessoa, até mesmo dizer que irá casar com outra mulher (na verdade, trata-se de outra agente infiltrada, interpretada por Diane Kruger).

O filme transmite muita tensão e o espectador sempre tem a sensação de que algo ruim vai acontecer. Todo o elenco é ótimo, o que só aumenta a tensão. No entanto, confesso que achei o filme mais longo do que o necessário. Além disso, eu não gostei muito da música durante a cena final – passou a impressão de que estavam “forçando” para que a cena fosse mais heroica do que realmente foi.

Resumindo, é um bom filme, especialmente se você gosta de histórias de espiões infiltrados – com grandes atores.

Por fim, como consegui ver o tapete vermelho em Nova York, vou deixá-los com algumas fotos do evento!

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