Crítica da Broadway: Come From Away

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Um musical os atentados terroristas de 11 de setembro não parece muito empolgante. No entanto, Come From Away é surpreendentemente edificante e inspirador.
Cantado do começo ao fim, sem quase nenhuma fala, Come From Away conta a história de passageiros de aviões durante o 11 de setembro de 2001, após os ataques terroristas nos EUA. Como o espaço aéreo americano foi fechado, 38 vôos foram redirecionados para uma pequena cidade no Canadá chamada Gander. O musical, então, nos mostra como os moradores receberam os quase 7.000 passageiros e como todos lidaram com essa terrível situação.
Em apenas 100 minutos e com 12 atores no palco que se alternam para interpretar dezenas de personagens diferentes, o público se apaixona completamente por Ganders e seus cidadãos, bem como pela gentileza, generosidade e solidariedade que demonstram. Muitos dos personagens recebem os nomes de pessoas reais e são baseados em suas histórias verdadeiras. Uma delas, por exemplo, é a Capitã Beverley Bass, a primeira mulher a ser tornar piloto da American Airlines, interpretada pela ótima Jenn Colella. Sua canção é uma das melhores do espetáculo (“Me and the Sky” – “Eu e o Céu”, em tradução literal).
Nesse musical de ritmo acelerado, alguns personagens iniciam relacionamentos românticos, enquanto outros decidem se separar. Há até aqueles cujos filhos estão desaparecidos em Nova York depois dos ataques.
A encenação é incrivelmente inteligente, permitindo a rápida mudança de figurinos e cenários, para que possamos testemunhar o maior número possível de histórias, e o resultado é ao mesmo tempo emocionante e comovente. É impossível não ouvir pessoas da platéia chorando, especialmente no final.
Mais do que uma história sobre um ataque terrorista, Come From Away nos dá esperança na humanidade e mostra que estamos todos conectados. Se você está em Nova York, é um musical imperdível.



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