Crítica: Jungle Cruise (2021)

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6/1050/1007,0/1063%91%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 30.7.2021.

O primeiro filme Piratas do Caribe, lançado em 2003, foi um grande sucesso e surpreendentemente divertido! Baseado em uma atração na Disneylândia, não parecia o tipo de filme que atrairia uma audiência global. No entanto, ele se tornou tão bem-sucedido que teve 4 continuações (as duas últimas tiveram muito menos sucesso e foram bem menos divertidas). O principal motivo do apelo de Piratas foi o capitão Jack Sparrow de Johnny Depp.

Desde Piratas, a Disney tenta replicar a fórmula com outros brinquedos, como Mansão Mal-Assombrada em 2003 (um filme bonitinho, mas esquecível) e com Tomorrowland em 2015 (quase impossível de assistir).

Sua mais recente tentativa é Jungle Cruise, baseado em um dos brinquedos mais icônicos da Disneylândia. Desta vez, no entanto, eles têm duas estrelas amadas pelo público: Emily Blunt, no papel da Dra. Lily Houghton, que quer ir à Amazônia para encontrar a Árvore da Vida (segundo a lenda, a árvore possui poderes de cura de todas as doenças), e Dwayne Johnson, interpretando Frank, um capitão que a guiará durante o cruzeiro.

Para quem conhece o brinquedo Jungle Cruise nos parques da Disney em Anaheim e em Orlando, há muitas referências ao longo do filme, principalmente nas primeiras cenas, quando vemos Frank fazendo um cruzeiro com turistas. Os capitães no brinquedo da Disney são bem conhecidos por contar “piadas de tiozão” e é isso que Frank também faz!

Mesmo que a química entre os dois atores principais seja inegavelmente maravilhosa, com muitas brincadeiras, não é o suficiente para levar o filme na direção certa. A história se torna mais confusa do que deveria, com efeitos especiais exagerados e a trilha sonora de James Newton Howard tão incrivelmente alta e intensa que deixa o público um pouco cansado no final.

Isso não quer dizer que não seja um filme agradável. Com certeza tem momentos divertidos, e podemos ver que teve boas intenções. Jesse Plemons está muito engraçado como o príncipe alemão e Jack Whitehall também é divertidos como irmão de Lily, que odeia tudo sobre a Amazônia. Edgar Ramírez interpreta Aguirre, um conquistador espanhol, e ele é o personagem que mais se assemelha à tripulação amaldiçoada de Piratas do Caribe.

Como brasileira, fiquei um pouco triste por não terem envolvido mais brasileiros nessa produção, pois isso teria dado ao filme um pouco mais de realismo (apesar de ser uma história de fantasia). Por exemplo, há uma cena em que Frank e Lily estão discutindo o preço para Frank levá-la ao rio e mencionam os valores em “Real”, que é a moeda brasileira atual. No entanto, a história se passa em 1916, quando havia outra moeda (“Mil Réis”), e é fácil para os brasileiros nascidos antes de 1994 perceberem, já que foi quando o “Real” passou a ser a moeda do país. Detalhes como esse mostrariam um pouco mais de apreço pelo país onde basicamente toda a trama se passa.

Dito isso, o filme Jungle Cruise é como o brinquedo no parque: agradável, divertido, mas não a experiência mais emocionante que você terá.

Jungle Cruise está disponível nos cinemas e no Disney+ com premier access.

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