Crítica: O Contador (2016)

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6/1051/1007,9/1049%87%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 17.10.2016.

Robert McKee, em seu livro sobre roteiros – Story: Style, Structure, Substance, and the Principles of Screenwriting, enfatiza que cada cena de um roteiro deve ter um propósito, caso contrário ela deve ser cortada. Desde que li este livro, tenho atenção extra para cada cena e me pergunto “por que eles estão mostrando isso para nós? Esta informação é relevante para um evento futuro? “. É muito comum que essas cenas em que você presta menos atenção ou que acha que são menos importantes contenham informações que contribuem para reviravoltas no enredo ou, inclusive, resolução do problema principal da história.

Esta introdução foi necessária apenas para explicar quantas cenas e histórias em O Contador que consegui descobrir o final do filme enquanto ele ainda estava no meio. Há tantas histórias paralelas e personagens secundários que era óbvio para mim que eles teriam um propósito no final.

O contador em questão é Christian Wolff (Ben Affleck), um gênio da matemática dentro do espectro do autismo, que tem uma pequena empresa de contabilidade utilizada para acobertar o fato de que ele trabalha para as organizações criminosas mais perigosas do mundo. Ray King (JK Simmons), chefe do departamento criminal da Secretaria do Tesouro, decide descobrir quem ele é e chantageia uma de suas subordinadas (Cynthia Addai-Robinson) para encontrá-lo. Como mencionei no início, há outras histórias. Uma em particular envolvendo uma empresa de robótica que está perdendo milhões de dólares e que contrata Christian Wolff para descobrir o porquê.

O filme provavelmente teve a intenção de dizer que as pessoas dentro do espectro do autismo podem viver plenamente e melhorar suas habilidades. No entanto, a terapia utilizada no jovem Christian não é a recomendada pelo médico: seu pai (Robert C. Treveiler) decide colocá-lo em um treinamento intenso de artes marciais para que ele pudesse aprender a se defender – estas cenas são mostradas na numerosos flashbacks.

Depois de assistir ao trailer, pensei que seria mais interessante e emocionante do que acabou sendo. A trama principal não é tão cativante e os inúmeros personagens com suas próprias agendas não contribuem muito para melhorá-lo.

Portanto, fiquei um pouco decepcionada com o filme, embora eu realmente goste de todos do elenco principal. Talvez se a história fosse mais concisa, teria sido mais interessante de assistir.

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