Crítica: O Quarto de Jack (2015)

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9,5/1085/1007,9/1095%94%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 31.10.2015.

Eu nunca tinha ouvido falar deste filme (ou do livro no qual se baseia) até que eu recebi um telefonema de uma prima me convidando para vê-lo. Quando ouvi o título, minha primeira reação foi “é um filme de terror?”. E ela explicou que não era e contou brevemente a história. Vou tentar também contar o menos possível, pois acredito que uma das razões pelas quais este filme teve um impacto enorme sobre mim foi precisamente a minha falta de conhecimento prévio.

Jack (Jacob Tremblay), um menino de cinco anos, vive com sua mãe Joy (Brie Larson) em um pequeno quarto em condições precárias. O menino tem o cabelo muito longo, ainda é amamentado, e dorme dentro do armário. Logo você percebe que eles não estão lá por opção: Joy foi seqüestrada 7 anos antes e Jack nasceu ali, dentro daquele quarto, que ele acredita ser a única coisa que existe no mundo. Ele não tem absolutamente nenhuma ideia de que existe um “lado de fora” atrás da porta.

Eu senti todas as emoções possíveis enquanto assistia ao filme. Fiquei triste, feliz, irritada e nervoso (quase tendo um ataque cardíaco durante uma cena específica). Até a minha prima estava tensa e ela já sabia o que ia acontecer.

Tudo neste filme é excelente, começando com o elenco. Brie Larson é tão perfeita fazendo de uma jovem mulher que passou por esse trauma que eu acredito que ela tem chances reais de ser premiada por este papel. Sua personagem é tão complexa e ela é capaz de transmitir para nós a tristeza devido à situação, bem como a felicidade por ter o filho com ela. E, evidentemente, o menino! Jacob Tremblay é ótimo e é inevitável sentir pena e compaixão por ele. Ele é tão ingênuo e alheio às coisas ruins (e boas) no mundo que é impossível não gostar dele.

Tivemos a sorte de ter a presença dele e da autora do livro, Emma Donoghue (que também escreveu o roteiro do filme), em uma sessão de perguntas logo após a exibição do filme! Dessa forma, pudemos ouvir dele como foi a experiência de interpretar um menino mais novo em condições tão trágicas. Ele disse que seus pais lhe explicaram que “o filme é muito sério”, então ele entendeu por que todos admiraram seu desempenho. Emma Donoghue também teve a oportunidade de contar que ela não baseou a história em um evento específico, mas sim que ficou intrigada com estes tipos de seqüestro sobre os quais ouvimos nos noticiários com certa frequência e que ela queria explorar como seria criar um filho assim.

Como mencionei anteriormente, de fato fiquei tocada com o filme. Tanto que eu não conseguia dormir depois, pois fiquei pensando na história. E é assim que eu sei que quando vi um filme extremamente bom! Não contei tudo o que acontece porque acho que você deve ver por si mesmo e me contar como se sentiu depois! Pena que ainda vai demorar para estrear no Brasil… (previsão para fevereiro/2016).

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