Indicações: Oscar 2021

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Uma das piores coisas que podem acontecer a uma pessoa, na minha opinião, é perder aquilo que lhe proporciona seu sustento. E é exatamente o que acontece em O Som do Silêncio quando Ruben (Riz Ahmed), baterista de uma banda de rock, descobre que está perdendo a audição. Acompanhamos sua jornada enquanto ele percebe que sua vida nunca mais será a mesma.

A namorada de Ruben, Lou (Olivia Cooke), preocupada com uma possível recaída, já que ele está se recuperando de um vício em drogas, liga para seu “padrinho” e eles encontram um abrigo rural específico para dependentes químicos surdos em recuperação. O abrigo foi fundado por Joe (Paul Raci), um alcoólatra em recuperação que perdeu a audição na Guerra do Vietnã. Com a ajuda de Joe, Ruben começa seu caminho para aceitar sua nova realidade.

Riz Ahmed dá uma das melhores atuações do ano e é merecidamente indicado como melhor ator. Ele é capaz de exibir o desespero, a raiva, a frustração e a tristeza de Ruben em uma performance contida. Paul Raci é igualmente maravilhoso como o mentor de Ruben, sendo compreensivo e rigoroso quando necessário.

Outra indicação bem merecida é a de melhor som. As técnicas usadas fazem com que o público sinta que está no lugar de Ruben, pois ouvimos distorções que replicam a produção mecânica dos implantes cocleares, por exemplo. Em alguns outros casos, as vozes são abafadas. Existem também alguns momentos de silêncio, escolhidos de forma muito inteligente, ao longo do filme.

O Som do Silêncio também foi indicado para melhor roteiro original e é, de fato, uma ótima escolha, já que parece que há menos filmes a cada ano que são novos e originais. Ele também destaca uma comunidade que, de outra forma, não estaria representada no Oscar, além de lembrar a todos nós a dar valor a todos os nossos sentidos.

Está disponível no Prime Video.