Crítica: Ponte dos Espiões (2015)

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9/1076/1008,7/1089%Ainda não disponível.
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 10.10.2015.

Rudolf Abel (Mark Rylance) ouve, calmamente, a explicação de seu advogado de que ele pode ser condenado à pena de morte em razão da acusação de ser um espião soviético nos EUA. Incrédulo com a reação de seu cliente, James B. Donovan (Tom Hanks) pergunta: “você não está preocupado?”. Abel, não mostrando qualquer espécie de preocupação, responde: “Ajudaria?”. Este diálogo sozinho, que é repetido algumas vezes durante o filme, foi o suficiente para me fazer amar Ponte dos Espiões. Mas, é claro, existem muitas outras razões.

Inspirado em fatos reais, a história se passa em 1957 e a Guerra Fria provoca uma onda de espiões americanos e soviéticos se infiltrando no outro país. Rudolf Abel é capturado pelo FBI em Nova York e James Donovan é designado para ser seu advogado, uma vez que ninguém quer defender um suposto espião soviético. Ao mesmo tempo, um espião americano é capturado na Rússia e uma negociação começa se inicia para trocá-los. É claro que eu estou simplificando a trama e não vou contar tudo o que acontece, mas essa é a idéia geral.

Dirigido por Steven Spielberg, Ponte dos Espiões me conquistou logo na primeira sequência, na qual vemos Rudolf Abel, em Nova York. Ele está tão calmo pintando seu retrato enquanto o FBI chega ao seu apartamento, que você não pode evitar de se indagar o que ele está planejando.

Percebi que eu mencionei Abel várias vezes já, mas ele é o melhor personagem neste filme. Mark Rylance tem uma performance tão boa que eu estava realmente torcendo por ele. Além disso, sua interação com Tom Hanks é simplesmente brilhante. Hanks, por sua vez, não decepciona e interpreta muito bem o papel de um advogado de seguro que é forçado a entrar nesta situação complicada.

Há também sequências muito fortes, como aquela em que o muro de Berlim está sendo construído e vemos o desespero de pessoas tentando correr do lado do Oriente para o Ocidente. Ou quando James Donovan é hostilizado por todos por defender um espião. E todas estas sequências são acompanhadas pela trilha sonora linda e poderosa de Thomas Newman, um dos meus compositores favoritos (ele também compôs a trilha sonora de Walt Nos Bastidores de Mary Poppins, 007 – Operação Skyfall, Wall-E, etc.). Além disso, já que se passa na década de 1950, os figurinos são lindos e os homens usam chapéus e trajes mais arrumados.

Eu espero que este filme receba o reconhecimento que merece durante a temporada de premiações, porque eu acredito fortemente que é um verdadeiro candidato e um filme que vale a pena ser visto.

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