Crítica: Star Wars – O Despertar da Força (2015)

Por Paulo Marzionna* (Twitter: @pmarzionna)           

Nota do PauloIMDbRotten Tomatoes
CríticosPúblicoCríticosPúblico
9,5/1081/1008,5/1093%90%
Números obtidos do IMDb e do Rotten Tomatoes em 5.1.2016.

Star Wars – O Despertar da Força é mais do que o sétimo episódio da mais importante e impactante saga cinematográfica da história. É um suspiro de alívio para os antigos fãs da série e um sopro de (uma nova) esperança para uma nova geração que tem agora seu primeiro contato com o universo criado por George Lucas.

Após o desastre da velha “nova trilogia”, lançada entre 1999 e 2005, eu, assim como outros milhões de fãs cujas infâncias foram forjadas a base de Guerra nas Estrelas (esse era o nome à época), temia pela perspectiva de ver a série ser complementada por mais filmes com o selo George Lucas de qualidade. A aquisição da Lucas Film pela Disney, em 2012, trouxe um facho de esperança que se mostrou justificado após sair do cinema em Dezembro de 2015.

O Despertar da Força não inova na maneira de contar sua história ou na tecnologia utilizada. Mas inova ao respeitar a paixão dos milhões de fãs da trilogia original, missão na qual George Lucas falhou miseravelmente em 1999.

A história do novo filme é simples, e guarda uma série de paralelos (ou rimas) com os episódios IV e V da saga – não por acaso, os dois melhores episódios até então.

Tal como na trilogia original, somos apresentados a três novos heróis (Rey, Finn e Poe Dameron) que rapidamente são capazes de conquistar o público desde suas primeiras aparições. O vilão, Kylo Ren, embora ainda sem a presença visual de Darth Vader, mostra-se um personagem em construção, com excelente potencial de crescimento a ser explorado nos próximos filmes. Por fim, os velhos conhecidos do público, principalmente Harrison Ford no papel de Han Solo, são brilhantes na arte de passar o bastão para uma nova geração de protagonistas.

A pergunta que alguns fazem, se O Despertar da Força sustenta-se por si só como filme, é uma questão irrelevante e inadequada. Talvez faça sentido do ponto de vista de premiações, mas não do ponto de vista do público que pagou ingresso para ir ao cinema. O novo Star Wars insere-se dentro de um universo que basicamente criou, moldou e segue moldando boa parte daquilo que hoje conhecemos por cultura pop. E, dentro deste contexto, O Despertar da Força é brilhante ao contribuir para o crescimento da mitologia em torno da família Skywalker e ao introduzir novas gerações àquilo que aconteceu há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante…

Não à toa, Star Wars – O Despertar da Força consolida-se como o segundo melhor filme da série, muito próximo de O Império Contra-Ataca, naquele que é o mais importante ranking neste tema: o de meu gosto pessoal.

*Paulo Marzionna faz questão de falar Conde Dooku e Sifo-Dyas. Embora se recuse a contar seus midi-chlorians, conta todas as visualizações dos vídeos que edita para o Arts Commented no YouTube.

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