Minha nota |
IMDb |
Rotten Tomatoes |
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Atuação |
Roteiro | Direção | Média | Críticos | Público | Críticos |
Público |
9/10 |
8/10 | 8/10 | 8,3/10 | Indisponível | 9,2/10 | 100% | 93% |
Notas obtidas nos sites do IMDb e do Rotten Tomatoes em 8.4.2015.
AVISO: NÃO LEIA ESTE ARTIGO SE VOCÊ AINDA NÃO ASSISTIU À PRIMEIRA TEMPORADA DE BETTER CALL SAUL.
Desde que “Breaking Bad” terminou em 2013 com enorme popularidade entre o público e os críticos, houve grandes expectativas sobre o seu spin-off “Better Call Saul”, que seria um “prequel” (história anterior a outra já conhecida) dedicada à história do advogado Saul Goodman (Bob Odenkirk).
Eu sempre achei “prequels” muito interessantes, pois podemos finalmente entender mais sobre os personagens e o que aconteceu em suas vidas antes de os “conhecermos. E um “prequel” sobre o advogado que ajudou Walter White e Jesse Pinkman parecia realmente atraente. Mesmo antes de sua primeira temporada ir ao ar, a série já havia sido garantida por duas temporadas (uma jogada ousada, considerando o alto nível de expectativas e críticas a série iria enfrentar). Após o ultimo episódia da temporada nesta semana, posso entender porque os criadores da série precisavam de pelo menos duas temporadas para contar essa história.
Vince Gilligan manteve a mesma estratégia que funcionou em “Breaking Bad”: os episódios têm vários flashbacks, para que possamos entender melhor as razões pelas quais os personagens estão agindo de determinada maneira, com exceção do primeiro episódio, em que descobrimos o que aconteceu com Saul depois que sua história com Walter White terminou.
Então, quem é Saul Goodman, afinal? Descobrimos que ele é Jimmy McGill, um advogado que obteve seu diploma de Direito de uma Faculdade online e que teve um começo difícil em sua carreira. Vivendo na sombra de seu irmão muito inteligente, que era um advogado famoso e bem sucedido e agora está enfrentando algum tipo de síndrome do pânico, Jimmy nunca tive a chance de trabalhar em um escritório de advocacia como um advogado propriamente dito (apenas como um empregado que entrega as correspondências). Enquanto ele tenta ganhar a vida sozinho, podemos vê-lo com quase nenhum dinheiro, aceitando casos em tribunal para representar os réus que não têm advogados por um pagamento mínimo.
Seu escritório é apenas uma pequena sala na parte de trás de um salão de beleza no qual a dona não o deixa nem mesmo beber a água oferecida aos clientes. Então, podemos vê-lo se esforçando para obter casos de qualquer maneira que pode: pequenas armações, perseguição de possíveis clientes, entrando em lixeiras (literalmente) para encontrar provas de um caso, etc. Ainda sem dinheiro, ele decide se concentrar em lei para idosos, uma vez que pessoas mais velhas geralmente precisam de assessoria jurídica com seus testamentos. Ele é tratado mal por todos ao seu redor, com exceção de sua amiga Kim (Rhea Seehorn). Ele está, portanto, em uma situação de vida pior que a de Walter White em “Breaking Bad” (sem o câncer, é claro), o que é interessante de se ver, já que os advogados são muitas vezes vistos como profissionais de sucesso e tendemos a esquecer que nem todos eles trabalham em grandes escritórios de advocacia.
Nós também aprendemos um pouco sobre o passado de Mike (Jonathan Banks) e como seu relacionamento com Saul começou. É realmente interessante para entender por que ele é assim. No entanto, não gostei do episódio que foi quase inteiramente dedicado a ele.
No geral, é uma série muito boa e não me decepcionou. Já ouvi algumas pessoas reclamando sobre a temporada, dizendo que nada realmente “aconteceu”, mas eu gostei e estou ansiosa para a segunda temporada. É uma série bem escrita e se concentra mais em dar profundidade aos personagens do que a maioria das series que estão no ar no momento.