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Indicado para nove Oscars, incluindo melhor filme, “Birdman ” é meu filme favorito entre os indicados deste ano.
Ele conta a história de Riggan Thomson (Michael Keaton, indicado para melhor ator): um ator que ficou famoso há vinte anos interpretando Birdman , um super-herói de quadrinhos em uma franquia de filmes. Depois do enorme sucesso dos filmes, Riggan não conseguiu libertar-se do papel, uma vez que o público só pensava nele como Birdman. Como o passar dos anos, ele caiu no esquecimento (tal como a relação de Keaton com Batman). Agora ele está tentando retornar à vida pública, dirigindo, escrevendo, estrelando e coproduzindo uma peça na Broadway.
Durante os ensaios ele perde o ator coadjuvante, o que obriga o seu coprodutor (Zach Galifianakis) a chamar o famoso ator Mike Shiner (Edward Norton, ótimo e indicado para melhor ator coadjuvante), que é um brilhante, mas tem problemas com o álcool. Mike se interessa pela filha de Riggan Sam, viciada em drogas (Emma Stone, indicada para melhor atriz coadjuvante). O palco está montado, então, para muita tensão entre eles, incluindo o resto do elenco, já que a peça terá sua estreia em breve.
O enredo pode parecer simples e, por si só, não tão atraente. Mas o filme é extremamente provocante e diferente. Ele é rodado em tomadas longas (o que me faz pensar o quão difícil deve ter sido para os atores para não errarem os longos diálogos) e ele não tem uma trilha sonora. É basicamente uma bateria frenética, o que só aumenta a tensão para o público. Além disso, durante todo o filme podemos ouvir uma voz na mente de Riggan, afetando suas ações e decisões. Então, quem é essa voz que continua a seguí-lo? Não temos todos essa voz dentro de nós, às vezes, nos empurrando para baixo, às vezes para cima?
Dirigido por Alejandro González Iñárritu, que foi indicado como melhor diretor (e que provavelmente vai perder injustamente para Richard Linklater – Boyhood ), “Birdman” foi uma excelente surpresa e um daqueles filmes que faz você refletir sobre o que importa na sua vida e como enfrentar as conseqüências de suas escolhas.
