Opinião: Cinquenta Tons de Cinza (2015)

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Você provavelmente já conhece a história a esta altura: Anastasia Steele (Dakota Johnson) é uma estudante universitária que entrevista o bilionário Christian Grey (Jamie Dornan ) como um favor a sua amiga que está gripada. Por alguma razão, o Sr. Grey gosta da menina e vai atrás dela. Ela fica animada com a perspectiva de ter um romance, e, em seguida, ouve dele que ele não “tem relacionamentos românticos” e que seus “gostos são muito singulares”. E é sobre isso todo o barulho que o filme está gerando. Para eles ficarem juntos ela terá que aceitar ser sua “submissa” e assinar um contrato que detalha todas as suas obrigações (me pergunto que tipo de advogado elaboraria contrato como esse).

O enredo é simples, mas “Cinquenta tons de cinza” literalmente dominou a bilheteria neste fim de semana, com mais de US$ 90 milhões apenas nos EUA, principalmente porque os leitores do livro estavam curiosos para ver como ele seria adaptado para a tela. E, como a maioria das adaptações, o filme não mostra tudo o que o livro descreve, o que é completamente esperado. Se mostrassem tudo o que está no livro, sua classificação seria NC-17 (proibido para menores de 17 anos) ou teria que ser produzido pela HBO e ter sido transformado em uma minissérie. Como nenhuma dessas alternativas se concretizou em razão do desejo legítimo do estúdio de obter lucro, o produto final é um romance com apenas algumas cenas mais explícitas.

O principal problema do filme, na minha opinião, é o elenco. Dakota Johnson melhora ao longo do filme, mas Jamie Dornan ainda não me convenceu como Christian Grey. Os diálogos são fracos, mas, mais uma vez, isso não é nada que os leitores do livro já não soubessem.

A parte mais interessante de assistir ao filme foi a reação da platéia. Havia uma mulher atrás de mim que reagia a quase qualquer coisa. Ela dizia “o queeeeee?” ou “isso é loucura” ou ria muito alto. Em determinado momento ela disse bem alto “desculpa, pessoal. Eu não li o livro, então tudo isso é novidade para mim”. Eu assisti com 3 amigos e menino no nosso grupo riu do começo ao fim, principalmente por causa dos diálogos.

No fim das contas, ele é um romance clássico de menina-se-apaixona-por-menino-problemático-e-tenta-mudá-lo, como tantos outros filmes / livros anteriores a ele e, certamente, muitos que ainda serão feitos, com apenas um pouco mais de pimenta.

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