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AVISO: NÃO LEIA ESTE ARTIGO SE VOCÊ AINDA NÃO ASSISTIU ÀS TEMPORADAS 1 E 2 DE HOUSE OF CARDS.

Depois de esperar por um ano, a Terceira temporada finalmente chegou e eu estava me perguntando: como eles vão superar o ótimo final da segunda temporada? Qual será o novo plano de Frank Underwood, uma vez que ele já alcançou seu objetivo principal? Como eles vão criar a sensação de “Não! O que vai acontecer agora?”, que fez com que todos assistissem um episódio atrás do outro, terminando a temporada inteira em questão de dias? A resposta curta a todas essas perguntas é: eles não fizeram.

Sim, me desculpe lhe informar que a 3a temporada de House of Cards é chata. Realmente chata. Do tipo que faz você deixar o episódio ligado e começar a olhar para o seu telefone ou fazer outra coisa enquanto ouve as discussões intermináveis ??sobre a Rússia, Oriente Médio e América Works, o novo programa que Frank Underwood (Kevin Spacey) quer implementar e que vai criar 10 milhões de empregos.

A verdade é que eu senti como se estivesse assistindo a um programa diferente do que aquele que vi nos últimos dois anos. Sim, os personagens estão lá, mas eles não são os mesmos, especialmente Frank Underwood. É verdade que ele tem alguns momentos que se assemelham a sua personalidade das temporadas passadas (no túmulo de seu pai, na igreja, etc.), mas eles são apenas isso: momentos. Claire (Robin Wright) é também uma confusão nesta temporada, mas acho que sua história é mais interessante que a do marido. Ela finalmente começa a questionar seu casamento e do papel que ela desempenha.

E nem me fala sobre a história do Doug (Michael Kelly). Isso foi o que mais me incomodou. Os autores dedicaram 25 minutos (!!!!) do primeiro episódio apenas para mostrar sua plena recuperação e para trazê-lo corretamente de volta dos mortos, uma vez que todos pensavam que ele havia morrido na 2a temporada. Eu não contei o tempo em que apareceu nos outros episódios, mas parecia que ele tinha tanto tempo na temporada quanto Frank e Claire.

Outro problema desta temporada, na minha opinião, é que eu me senti como os autores estivessem criando arcos de histórias e que tudo faria sentido ao final da temporada. Por exemplo, a jornalista do Telegraph. Qual é o seu papel na série, afinal? Pensei que ela faria uma grande revelação, ou descobriria os crimes que Frank Underwood tinha cometido anteriormente, mas não. Ela não tem nenhum papel. Nem Thomas Yates (Paul Faísca), o escritor que o presidente contrata para escrever um livro sobre “America Works e suas vantagens para os EUA. Novamente, nada acontece. Apenas alguns momentos difíceis. Outro exemplo é a história da Rachel. Ela era uma ponta solta da última temporada e Doug tinha que encontrá-la. Eu pensei que algo emocionante iria acontecer, mas, mais uma vez, eu estava errada.

E o que acontece com os personagens da 2ª temporada que desapareceram completamente? O que aconteceu com o jornalista, que foi para a cadeia?

O final da temporada também termina com um “gancho” estranho, mas o produtor da série não tem certeza se haverá uma quarta temporada. Minha única esperança é que eles façam mais uma temporada para corrigir esta.

Em algum momento na temporada, Frank Underwood grita “você não tem direito a nada”. Sim, aparentemente não temos nem mesmo o direito de nos divertirmos mais vendo essa série.