Opinião (musical da Broadway): An American in Paris

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Na sexta-feira passada eu assisti à primeira noite de “testes” do novo musical da Broadway “An American in Paris”, baseado no filme de 1951, com Gene Kelly e com as canções de George e Ira Gershwin, que ganhou seis Oscars. Como o período de testes durará um mês, há ainda muito tempo para a produção fazer alterações e ajustes ao musical que, na minha opinião, devem ser feitos o mais rápido possível.

O musical se passa em Paris logo após a 2a Guerra Mundial e conta a história de Jerry Mulligan (Robert Fairchild), um soldado americano que decide ficar em Paris e que se apaixona por Lise Dassin (Leanne Cope), uma dançarina. Mal sabia ele que ele seria amigo de outros dois homens que também estão apaixonados – Adam Hochberg (Brandon Uranowitz), um compositor, e Henri Baurel (Max von Essen), cuja mãe o convence de que ele deveria se casar com ela. Assim, diferentemente do filme, aqui ela tem três pretendentes, e não dois.

Os atores principais são bailarinos profissionais, assim como o diretor Christopher Wheeldon, que também é o coreógrafo do musical. Desse modo, torna-se bastante claro porque o musical tem tantos números de balé. Os primeiros 10 minutos, por exemplo, são apenas preenchidos com dança, sem falas ou letras de músicas e, consequentemente, eu senti que levou muito tempo para que a história realmente começasse. É verdade que o filme também tem números de dança longos, mas, da mesma forma, eu achava que eles eram longos demais e interrompiam a história. Os números de dança são bonitos, mas se eu quisesse ver um tantos números de balé, iria assistir a uma apresentação de balé, e não a um musical da Broadway.

Houve também problemas menores, tais como som do microfone de um dos atores, uma luz ao fundo set que não funcionava direito e um intervalo mais longo do que o esperado (30 minutos). Mas todos esses problemas podem ser facilmente corrigidos antes da estreia oficial. Espero, no entanto, que eles aproveitem e mudem a estrutura do musical, porque, mesmo tendo durado duas horas (sem intervalo), senti que foi muito mais comprido.

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