Falta uma semana para a cerimônia do Oscar e achei que seria uma boa ideia recapitular rapidamente os indicados a Melhor Filme. É verdade que não estou tão animada para o Oscar deste ano quanto estive no passado, principalmente porque os indicados não me agradaram muito. Mas vamos dar uma olhada!
Belfast
- Filme
- Ator Coadjuvante (Ciarán Hinds)
- Atriz Coadjuvante (Judi Dench)
- Canção Original (“Down to Joy”)
- Direção (Kenneth Branagh)
- Roteiro Original
- Som
Kenneth Branagh faz um bom trabalho mostrando como a vida de um garoto muda repentinamente quando “The Troubles” estoura na Irlanda do Norte. Belfast, um filme semi-autobiográfico, tem muito coração e emoção, sem falar no excelente elenco. É uma carta de amor não apenas para aquela cidade, mas também para todos que já tiveram que escolher entre sair e ficar – qualquer que seja a decisão.
No Ritmo do Coração (“CODA”)
- Filme
- Ator Coadjuvante (Troy Kotsur)
- Roteiro Adaptado
E se a maior paixão da sua vida fosse algo que sua família não pudesse apreciar? É o que acontece no CODA, que significa “Child of Deaf Adults”. É definitivamente o filme que mais agrada ao público dos dez indicados, com uma doce história sobre família e seguir seus sonhos. Embora eu tenha gostado, não tenho certeza se o classificaria com um candidato a melhor filme, mas posso ver o apelo.
Onde assistir: Prime Video
Não Olhe Para Cima (“Don’t Look Up”)
- Filme
- Edição
- Roteiro Original
- Trilha Sonora Original
Não Olhe Para Cima parece um daqueles filmes que a Academia adora indicar. Elenco estelar? Sim. Comentário social sobre a sociedade e a mídia? Sim. Escrito por um de seus roteiristas favoritos? Sim. Apesar de ter uma premissa interessante, Não Olhe Para Cima se arrasta por muito tempo e nunca aproveita totalmente seu elenco. Existem alguns momentos engraçados, principalmente graças a Jennifer Lawrence, mas não são suficientes para torná-lo o melhor filme do ano.
Onde assistir: Netflix
Drive My Car
- Filme
- Direção (Ryusuke Hamaguchi)
- Filme Internacional
- Roteiro Adaptado
Drive My Car não tem pressa nem para introduzir a história, com os créditos de abertura surgindo 45 minutos após o início do filme, nem no desenvolvimento de seus personagens. Há muitas cenas dedicadas a Tio Vânia, de Chekhov, e, embora estejam lá para mostrar a profunda conexão entre o personagem principal e a peça, fica um pouco cansativo ver tantas cenas de ensaios.
Onde assistir: MUBI
Duna (“Dune”)
- Filme
- Cabelo e Maquiagem
- Design de Produção
- Edição
- Efeitos Visuais
- Figurino
- Fotografia
- Roteiro Adaptado
- Som
- Trilha Sonora Original
Alguns filmes simplesmente não são meu tipo, especialmente ficção científica. Por esse motivo, eu estava com medo de Duna e, infelizmente, minha opinião pré-concebida sobre ele se tornou realidade: não consegui me conectar à história e achei o ritmo extremamente lento. No entanto, entendo o porquê de tantas indicações para as categorias técnicas e é realmente desconcertante que Denis Villeneuve tenha sido esnobado na categoria de melhor diretor. Como você pode ficar impressionado com tantos aspectos do filme e não reconhecer a pessoa responsável por concebê-lo?
Onde assistir: HBO Max
King Richard: Criando Campeãs (“King Richard”)
- Filme
- Ator (Will Smith)
- Atriz Coadjuvante (Aunjanue Ellis)
- Canção Original (“Be Alive”)
- Edição
- Roteiro Original
Parece que este é finalmente o ano de Will Smith ganhar o Oscar e King Richard: Criando Campeãs é um ótimo filme para mostrar seus talentos. Sua interpretação do pai de Vênus e Serena Williams é extremamente convincente e evoca todos os tipos de emoções do público. Aunjanue Ellis está fantástica como sua esposa. O filme em si é bom, mas eu não diria que é o melhor do ano.
Onde assistir: HBO Max
Licorice Pizza
- Filme
- Direção (Paul Thomas Anderson)
- Roteiro Original
Todos os anos, quando saem as indicações ao Oscar, discordo de algumas delas. No entanto, geralmente consigo entender a lógica dos membros da Academia e, embora pessoalmente não goste do filme, entendo suas indicações. Infelizmente, esse não é o caso de Licorice Pizza. Ainda não compreendi o apelo que este filme tem não apenas para a Academia, mas para o público em geral, que parece adorá-lo. É muito longo e apenas mostra alguns momentos da vida um jovem casal, costurados de maneira inútil e ainda assim, de alguma forma, está sendo considerado uma ótima história de amadurecimento. A indicação para roteiro original me surpreende e o fato de Paul Thomas Anderson ter sido indicado para melhor diretor e Denis Villeneuve não é algo que eu nunca vou entender. E eu nem gostei de Duna! Mas pelo menos posso reconhecer suas qualidades. Licorice Pizza, na minha opinião, é completamente superestimado.
O Beco do Pesadelo (“Nightmare Alley”)
- Filme
- Design de Produção
- Fotografia
- Figurino
O Beco do Pesadelo é outro exemplo de filme com um elenco de estrelas que não as aproveita. É muito longo, algo que vem acontecendo muito este ano, e a história se arrasta em partes. Bradley Cooper faz um bom trabalho como artista circense ambicioso e com um passado misterioso que quer impulsionar sua carreira. Podemos ver a influência de Guillermo del Toro em todo o visual do filme. É um forte candidato a design de produção, mas é improvável que ganhe o prêmio de melhor filme.
Ataque dos Cães (“The Power of the Dog”)
- Filme
- Ator (Benedict Cumberbatch)
- Ator Coadjuvante (Jesse Plemons)
- Ator Coadjuvante (Kodi Smith-McPhee)
- Atriz Coadjuvante (Kirsten Dunst)
- Design de Produção
- Direção (Jane Campion)
- Edição
- Fotografia
- Roteiro Adaptado
- Som
- Trilha Sonora Original
Normalmente não sou fã de westerns, mas Ataque dos Cães tem um aspecto de drama psicológico, o que o tornou muito mais interessante. Benedict Cumberbatch tem seu melhor desempenho como Phil Burbank, um dono de fazenda detestável que torna a vida de todos um inferno. Isso até Peter (Kodi Smit-McPhee, excelente) chegar e mudar a dinâmica. O início é um pouco lento, mas, quando termina, percebe que cada ação mostrada antes era necessária para chegar a essa conclusão.
Onde assistir: Netflix
Amor, Sublime Amor (“West Side Story”)
- Filme
- Atriz Coadjuvante (Ariana DeBose)
- Design de Produção
- Direção(Steven Spielberg)
- Figurino
- Fotografia
- Som
Sem dúvida, é um dos melhores filmes do ano e um excelente trabalho de Steven Spielberg. Lançado 60 anos após o filme original, essa nova versão atualiza alguns pontos (principalmente o elenco, agora formado por atores de origem latina), mas mantém as músicas e emoções da história. A melhor parte, de longe, é Ariana DeBose, que interpreta Anita. Ela teve uma grande responsabilidade, pois Rita Moreno, que ganhou o Oscar por esse papel, também está nesta versão do filme, embora interpretando um personagem diferente. Você pode ler minha crítica completa aqui.
Onde assistir: Disney+